domingo, 31 de maio de 2009

Amor, dor, ódio, reconciliação e vingança.

Após assistir o filme Sympathy for Lady Vengeance, (http://www.imdb.com/title/tt0451094/), terceira parte da cultuada Trilogia da Vingança do diretor sul-coreano Chan-Wook Park, é impossível não pensar em assuntos como ódio, direito de resposta, vingança, meta de vida, perdão, compreensão, etc.
A trama conta a triste história de Lee Geun-ja, uma mulher que após cumprir 13 anos de pena por um crime que não cometeu, deseja vingança, acima de tudo. Óbviamente, o filme vai MUITO além disso, mas só assistindo mesmo.
Partindo para a vida real, sempre, desde criança somos condicionados a não levar desaforo para casa, a comprar briga por qualquer motivo. Que pais que, ao verem dois irmãos brigando por um motivo banal, procura conversar pacientemente com os dois, ao invés de simplismente sair deixar os dois de castigo e forçar um pedido de desculpa de ambas as partes? Desde quando "desculpa" e algumas horas sem ver televisão resolvem alguma coisa, meu Deus do céu? Imagina se resolvesse, que maravilha! O mundo com certeza seria um lugar mágico, repleto de amor e compreensão e... MAS NÃO É! Por onde você olha a violência está presente. E mais presente ainda está o estímulo à violência. Nossos pais nos punham de castigo quando brigávamos com nosso(s) irmão(a)(s) para nos ensinar a conviver pacíficamente com as pessoas, mas eles não enxergaram que dessa maneira, a única coisa que eles conseguiriam é duplicar raiva de ambos, pois, além do ódio que gerou a briga continuar, temos que fingir que tudo passou e perdoamos! E isso fica guardado por anos, e vai se acumulando a medida em que novas brigas vão surgindo, e quando nós paramos para pensar, fomos educados a engolir as pessoas, não a perdoa-las. Aliás, perdão é uma palavra que está saindo do vocabulário das massas e seu significado, hoje em dia, só tem sentido nos sermões e textos religiosos, pois ninguém o pratica (quem tem que conviver com uma pessoa cujo "santo não bate" que atire a primeira pedra!) e pior que não praticar é não ter a consciência de que isso só atrasa a sua vida, que o orgulho não leva a nada, que as pessoas cometem erros, são criadas de maneira diferentes e que vingança é um prato que se come quente demais.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Noite urbana

Hoje resolvi dedicar minha noite, minhas preciosas horas em que estou em casa para me dedicar àquilo que me convém. Ou não.
A claridade do dia, o trânsito constante de pessoas, o uniforme branco, a calça skinny, o tênis desgastado, a caneta, as palavras segunda, terça, quarta, quinta, sexta, dia de semana, manhã, tarde, etc. aos poucos estão virando pontes que ligam à palavra "obrigação". E por que não dizer, à palavras e expressões como fordismo, rotina, alienação, ausência de liberdade de escolha. Ou não.

A rotina urbana me encanta desde tenra idade. Longe da cidade me sinto deslocado. Mas hoje eu pensei: até onde a vida urbana moderna permite cada um de nós ser quem realmente somos? Será que temos falta ou excesso de liberdade de movimento, de pensamento, de expressão, enfim? E em que ponto a vida em sociedade ajuda nessa liberdade? Em que ponto ela é um obstáculo? Quem é mais livre: o cidadão das metrópoles ou o hermitão? Seria eu um objeto de manipulação em massa por aceitar essa convivência em massa que chamamos de cidade? Seria eu um niilista por contestá-la?

Talvez essas pergunas nunca seriam respondidas. Para falar a verdade, quaisquer respostas para essas perguntas estarão corretas e erradas. Quanto o que vou fazer da minha noite... amanhã eu descubro.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Minhocas

Sinto que tenho um verdadeiro húmus na minha caixa craniana. Alguém me receita um bom veneno pra essas minhocas que estão me atormentando?