terça-feira, 29 de dezembro de 2009

"Mas o pior é eles serem esquecidos e saberem disso. Os que conheciam esqueceram-nos porque pensam em outra coisa, e isso é bem compreensível. Quantos aos que amam, esqueceram-se também, pois são forçados a esgotar-se em diligências e projetos para retirar-los dali e, de tanto pensarem nessa saída, já não pensam naqueles que queriam retirar. Também é normal. Afinal, vê-se que ninguém é realmente capaz de pensar em ninguém, ainda que seja na pior das desgraças. Porque pensar realmente em alguém é pensar de minuto a minuto, sem se deixar distrair pelo que quer que seja: nem os cuidados da casa, nem a mosca que voa, nem as refeições, nem uma coceira. Mas há sempre moscas e coceiras. É por isso que a vida é difícil de viver. E eles sabem disso muito bem."

Albert Camus

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Last days of magic, where are you?

Hoje descobri que eu perdi uma festa (pausa dramática).
Pode não parecer nada, mas se você acompanhar meu raciocínio, você (seja lá quem tu fores) verá que eu tenho meus motivos para estar tão desesperado à ponto de escrever essa postagem.
Desde que eu comecei o Ensino médio, tudo na minha vida vem acontecido muito rapidamente, mas muito rapidamente MESMO. Uma hora não é mais um período de tempo que demorava horrores pra passar como era na minha infância. O aumento na carga de tarefas faz com que eu não perceba a passagem das horas. Pra piorar, esses últimos três anos foram os melhores da minha vida e estão passando mais rápido que nunca (você dificilmente me verá falando da minha infância de maneira nostálgica, porque minha infância foi uma porcaria, ao passo que minha adolescência não é lá muito animada, confesso, mas dá de 10 à 0 na nada saudosa aurora da minha vida). Pra piorar mais ainda, dentro de pouco tempo eu farei faculdade e eu farei uma faculdade pela qual eu quero me dedicar de corpo e alma até meu corpo e mente não aguentarem mais. Ao contrário da maioria dos vestibulandos eu não me vejo como uma pessoa que vive em festas da faculdade no futuro (não, eu não vou virar um nerd antissocial, festas apenas não são prioridades). Tendo isso em vista, imagine uma voz na minha cabeça gritando 24h por dia: "tá acabando o tempo", cada vez que eu piso na rua, cada vez que eu levanto, cada vez que eu sento no vaso sanitário pra cagar... eu sinto que eu preciso aproveitar minha vida nos próximos 300 e poucos dias que me restam de 2009 à novembro-começo de dezembro de 2010. Portanto, pra mim, perder uma festa é perder mais um dos poucos momentos de alegria que ainda me restam em Sorocaba. Perder um dos poucos momentos de alegria da minha vida disperta. Pois à partir de 2011, tudo pra mim são trevas, é o desconhecido, é a morte do meu eu-presente e o nascimento do meu futuro desconhecido.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Top 10 revistas que eu assinaria numa boa

1. Bravo!
2. Carta Capital
3. Vogue
4. Cult
5. Pitchfork
6. Veja
7. NME
8. Monet
9. Dazed & Confused
10. Info

alguém quer me dar um super presente de Natal?

A epidemia que se estende

"Nós estamos no último promontório dos séculos! [...] O Tempo e o Espaço morreram ontem. Já estamos vivendo no absoluto, porque criamos a velocidade eterna e onipresente."
(Filippo Tommasio Marinetti em "O Manifesto Futurista". Paris: Le Figaro, 1909, 8º parágrafo.)


Pois é, gostaria eu que o Manifesto Futurista estivesse errado, mas não está e eu estou sentindo na pele a verossimilhança desse parágrafo acima supracitado. Resumindo: comecei a ver um filme pelo pc, faltam uns 50 minutos pra acabar e, apesar de eu estar gostando dele eu não aguento mais assistir. A ansiedade toma conta de mim, a tentação de pausar o filme e clicar na raposa do Firefox e fazer um milhão de coisas ao mesmo tempo ao invés de ficar apenas sentado, vendo filme. Pois é, criamos a velocidade eterna e onipresente. Afinal, a partir do momento em que você aprende a deixar sete janelas do seu computador abertas, cada uma subdividade em 3 abas, é facil ficar olhando pro monitor e enxergar apenas um filme rodando?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Humanos vs humanos 10∞th round

Estava eu todo contente, surfando num foguete chamado internet quando vi a lista de blogs da revista Bravo!, e resolvi checar o blog do poeta Ferreira Gullar (http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/). Vi uma aba escrita "Lado B", onde ele publicou alguns de seus desenhos e colagens e confesso que fiquei surpreso. Não, eu não entendo absolutamente nada de artes plásticas, mas os desenhos do escritor me encantaram, principalmente pela formação de elementos urbanos como prédios e bules de café através de figuras geométricas sobrepostas que, olhando-as separadamente lembram desenhos indígenas. Veja essa imagem que eu postei, por exemplo. Um fundo que indiscutivelmente lembra uma estampa de zebra atrás de uma pila de triangulos, losangos, retângulos e quadrados que separadamente parecem algo como uma estátua indígena, mas que visto como um todo forma um prédio sob um enorme bule de café. Embaixo disso tudo, há um retângulo que abriga quatro triângulos que lembram cabanas de índios norte americanos. Na esquerda e na direita, mais listras de pele de animal. Será que ao desenhar um prédio em cima das cabanas indígenas, Gullar quis ilustrar a imposição da sociedade capitalista sob a cultura indígena? Será que as tímidas listas verdes ilustram a pouca mata nativa que ainda resta na sociedade contemporânea?
Como eu disse, eu não entendo de artes visuais, mas eu encaro as artes como uma imensa fonte de questionamentos ilustrados cujas respostas não existem necessariamente. Tendo isso em mente, resolvi escrever esse singelo texto e exprimir a reação do meu ego ao se deparar com o desenho acima colado.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O escafandro e a borboleta

Sua manhã não passou de alguns vagos sonhos e a lembrança de cambalear em direção ao banheiro, lavar o rosto, escovar os dentes e se preparar para mais um dia incerto. Almoçou com uma vontade estranha, pois seu estômago ainda sonolento não estava dando sinais de que iria conseguir encarar tanto carboidrato e proteína, mas felizmente correu tudo bem. O dia correu, ora verde, ora rosa, ora azul, até que ele terminou cinza. Um cinza ainda pálido, tímido que, conforme o crepúsculo avançava, ia atingindo adquirindo um tom chumbo cada vez mais marcante. E então ele se livrou daquele escafandro cinzent e pesado e sua alma se revelou uma borboleta reluzente, colorida, inspiradora que, durante horas voou noite adentro com uma liberdade assustadora. Mas como não há lugar mais seguro que seu lar, a linda borboleta voltou para a segurança de seu escafandro que já não estava tão cinzento e nem tão pesado assim. Se o aparato vai continuar a dar apenas segurança e apoio para a frágil borboleta só o tempo pode dizer, mas como esperança é a última que morre, para que se preocupar?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Marli lança novo álbum em fevereiro


A baiana Marli lança, no próximo carnaval, o seu sexto álbum "Instalações Noturnas". Esse novo disco ilustra a fascinação que a cantora tem pelo universo industrial, pelas artes, pelo jogo de palavras e, é claro, pelo tetricismo (gosto esse que ela vem mostrando desde o início de sua carreira com músicas como 'Rainha das Trevas', 'A Mula sem Cabeça Vai Te Pegar' e 'Vai pro Inferno').
Segundo a própra, o título do cd é plurissignificativo. Pode significar tanto as instalações da arte ou as instalações elétricas. Porém cada música é uma instalação indepentente mas elas tem em comum o fato de fazerem parte de um mesmo universo. Sonoramente falando, o disco é uma novidade na carreira da cantora, pois contém três faixas instrumentais. Sua atmosfera sombria é considerada pela intérprete como "a trilha sonora da jornada mágica e misteriosa noite adentro" e contém traços de ritmos como jazz, blues, rockabilly, ambient music e influências de carnival music e hip-hop.
Todas as novidades sobre o cd podem ser acompanhadas no site oficial da cantora: http://www.marlionline.com.br/

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Postagem escrita ao acaso

São 2h30 da manhã, estou tendo uma profunda crise de ansiedade que não me deixa dormir e amanhã eu terei uma prova que me fez perder o show do Copacabana Club na inauguração do Ateroid Bar. Daí eu lembrei que eu tenho que entregar o DVD do Dragon Ball pro Filipe amanhã no inglês, e resolvi passar pro pc. Tô morrendo de fome, então peguei um pacote de bolachas e uma garrafa d'água na cozinha pois nem eu mesmo aguento mais ficar entrando e saindo do quarto toda hora (minha porta range horrores e eu sei que eu não vou me contentar com apenas UMA bolacha rere). Não vou nem chegar perto de algum livro porque eu não vou conseguir ler e isso só vai me frustrar.


Assim nasceu este texto. Regurgitado por Rafael Duarte às 02:30.

Playlist da noite

Enquanto estudo pra prova de inglês amanhã, ouço:

-Jónsi - Boy Lilikoy
-Shout Out Louds - Walls
-Bat for Lashes - Moon and Moon
-Daïtro - Chaque Seconde
-The Cribs - We Share de Same Skies
-Chico Buarque - Desalento
-Hole - Celebrity Skin
-Joan As Police Woman - Flushed Chest
-Julie Doiron - No More
-The Kodan Armada - Say Something
-The Dead Weather - A Child of A Few Hours Is Burning to Death
-The Kills - No Wow/Telephone Radio Germany
-PJ Harvey - Rid of Me

sim, estou viciado em listas [2]

5 palavras gostosas de se pronunciar

Sim, eu estou viciando em listas

-Entorpecente
-Hipocondríaco
-Linguística
-Leviandade
-Letargia

Dez melhores livros lidos em 2009

Lista feita na hora

-Sagarana - João Guimarães Rosa
-A Confissão de Lúcio - Mário de Sá-Carneiro
-Laços de Família - Clarice Lispector
-Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
-O Existencialismo é um Humanismo - Jean-Paul Sartre
-Os Sofrimentos do Jovem Werther - Goethe
-Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski
-Vidas Secas - Graciliano Ramos
-Morangos Mofados - Caio Fernando Abreu
-O Cortiço - Aluísio de Azevedo

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Recordar é viver

Graças a Deus!

Hoje eu fui levado até o fórum, onde eu trabalhei como estagiário entre agosto de 2008 e janeiro de 2009. Logo na entrada eu já senti sensação de angústia e a vontade descontrolada de voltar pra casa, tão comum na época em que eu trabalhava lá. A diferença é que, agora que eu não tenho mais nenhum vínculo empregatício naquele lugar, eu percebi que o que eu sentia não era preguiça de trabalhar, mas eu recebia em cheio aquele ar carregado, aquela atmosfera de ódio, brigas, imposição de poder, inveja, etc. Tão comum em qualquer lugar do mundo, mas que no poder judiciário se faz muito mais presente. Thank God eu não mais pretendo fazer faculdade de Direito (agora entendo porque sempre foi tão comum ouvir falar em suicídio entre os estudantes da Faculdade de Direito da USP), acho que iria enlouquecer, já que ficava angustiado só de ver aqueles velhos colegas de trabalho, garantindo seu ganha-pão num abiente tão depressivo e angustiante.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Maçã no Escuro, pág. 211

"Não poderia [escrever um romance]! Saltou o professor, e aí é que está! Não poderia , exclamou penoso, não poderia porque tenho todas as soluções! Já sei como resolver tudo! Não sei como sair desse impasse! Para tudo, disse ele abrindo os braços em perplexidade, para tudo tenho uma resposta"

Ler Clarice é, definitivamente um trabalho penoso. Mas é o tipo de desafio que te engrandece, que te marca para sempre, porque ela entra no universo do personagem de maneira tal que você fica abismado com a riqueza de detalhes e com a maneira poética da autora mostrar esse universo intimista. Dos livros dela que eu já li(A Hora da Estrela, Perto do Coração Selvagem, Laços de Família, A Paixão Segundo G.H., e agora A Maçã no Escuro) esse último tem sido o mais penoso de todos. Só não foi mais difícil do que Perto do Coração Selvagem pois eu, na época um pobre garoto que não conhecia nem Dostoievski e encantado com a habilidade da então desconhecida autora em descrever a personagem Macabéa no idolatrado "A Hora da Estrela" fui pego de surpresa por um livro estranho, com textos reflexivos que exigiam demais da minha capacidade de concentração e interpretação. Depois de reler o tal livro três vezes e me aventurar em outras obras, eis que denovo eu me vejo nesse impasse: as belas palavras de Clarice não tem nexo pra mim.
A Maçã no Escuro conta a história de um engenheiro carioca que cometeu um crime e passa por um processo de depuração numa fazenda que pertencem a um par de primas: Vitória e Ermelinda. Pessoalmente, posso dizer que até certo ponto do livro, tudo transcorria tranquilamente e eu conseguia lidar com o jeito clariciano de escrever sobre alguém e seus atos. Mas ultimamente, esse livro de 320 páginas virou uma espfinge indecifrável e tenho medo desta me devorar. Não vou entrar em detalhes: posso me confundir, posso acabar falando demais ou mesmo descobri que essas três semanas que estou tentando ler o livro não descobri nada além de uma visão geral da obra. Parte da culpa por não conseguir digerir os (in)decifráveis parágrafos do livro é minha, já que eu escolhi ler um livro que merece toda a atenção do mundo numa época da minha vida onde a ansiedade, um "mal" que eu carrego desde epigênisis da infância (não poderia concluir essa postagem sem uma brinks, se não entendeu joga no google), está me atrapalhando a vida profundamente.
Por enquanto, a única solução que eu vejo é reler em outra época, assim como eu fiz com Coração Selvagem, até lá, verei o que faço com as 80 úlimas páginas.
PS: Eu entendi o parágrafo que eu supracitei.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

COOOORAÇÃO LIGADOOOOOO

beat acelerado!



E é nesse clima de nostalgia, alegria, bateria, micareteria e lomografia (gente, eu não faço ideia do que signifique isso, mas eu amo falar lomografia <3) que este aprendiz de blogueiro por trás dessas linhas passa sua fria noite de 8 de dezembro de 2009. E por que eu, uma pessoa tão cinza, tão "today is the saddest day of my life" (em inglês mesmo pra dar mais drama), tão café preto e chocolate amargo está tão radiante e saltitante? Bem, lá vai:
-Tive o melhor amigo secreto da minha vida, pois além de estar em um dos últimos momentos com as pessoas que eu mais amo na minha vida (que fiquei bem claro que o último momento é sempre adiável), eu ganhei tudo que uma bichinha da humanas como eu poderia querer: um livro e um pinto (detalhe: o pinto é de chocolate e o livro é o "Agosto", do Rubem Fonseca). -Minha primeira consulta com uma neurologista depois de uns 8 anos foi um sucesso, ela é um amor e me passou umas diks demais. -Fiz as pazes com minha cama e dormi das 15:ooh às 20:30h.
-Comprei uma das camisetas mais gays ever e o melhor que foi meu pai que pagou.
-Hoje começa uma nova minissérie onde a Susana Vieira faz papel de perua *-*.

Enfim, o importante é que estou abandonado esse lado azul da minha vida para dar mais arco-íris ao meu dia-a-dia começando por hoje. Só espero no futuro não esquecer esse maravilhoso 8 de dezembro de 2009.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Me rendi

aos prazeres do twitter

é gente, acontece. Agora posso viajar à vontade, e finalmente descobrir pra que diabos existe o twitter. O único problema é que eu mal o criei e já estou me irritando com tal 7ª maravilha da internet. Isso não é bom, me faz me sentir velho.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Novo desktop

Acabei de trocar de wallpaper, o já antigo wallpaper retrô formado por uma parede onde estão pendurados dois quadros (um com uma mulher cochichando na orelha de um velhinho com cara de quem tá quereEeEeEEEeEeEeEndo e outro com uma pimenta) que eu peguei no site da Chilli Beans (que por acaso já non ecziste mais porque eu acabo de entrar no site e nada) foi substituído pelo simples, depressivo e poético papel de parede do filme Mary & Max que, por sinal, recomendo a todos os pobres mortais que tiverem tempo para apreciar essa linda e inusitada película.
Os interessados em ver a imagem acessem o link porque eu não tô com ânimo de editar a foto pra postar aqui
http://www.maryandmax.com/downloads/wallpapers/mirror_1024.jpg



A profecia

Imaginem a situação: estou eu tranquilamente olhando as notícias no site da folha, quando eu vejo uma manchete escrita: Brasileiros aceitam pagar para conter aquecimento. Na mesma hora minha mente consumista pensou: PERA LÁ, ninguém pediu minha opinião!
Não, eu não quis dizer que eu não estaria disposto a colaborar caso fosse necessário, simplismente acho que cobrar impostos não é uma saída nem um pouco inteligente para o problema da emissão de poluentes de nossa terra tupiniquim. Quer dizer, já posso até imaginar a cronologia dos acontecimentos:
06/12/2009: Datafolha divulga o resultado da pesquisa, no qual consta que 56% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais impostos para conter a emissão de gases poluentes.
07/12/2009: Algum político espertchénho afim de aproveitar essa boa vontade de seus eleitores, resolve criar um projeto de lei para criar o tal imposto, que chamaremos de IPA (Imposto Pró-Atmosfera).
23/12/2009: Após passar por alguma intriga da oposição e pela manifestação de alguns universitários rebeldes, a lei é aprovada.
01/2010: Ano novo, vida nova, imposto novo, dinheiro novo indo pro porco gordo do governo.
08/2010: Todo mundo já esqueceu da tão (in)justa contribuição, a poluição continua a mesma e ainda DE BRINDE os brasileiros recebem os primeiros escândalos de desvio de dinheiro do IPA.
12/2010: Copenhagen dá uma comida de rabo no presidente, mas mesmo assim nenhum dos envolvidos no escândalos recebem nenhuma punição.
Podemos passar por isso e, ou então os governos federais, estaduais, etc, podem criar projetos de abatimento fiscal para pessoas físicas ou jurídicas que incentivarem a redução na emissão de poluentes no país. E aí, qual vai ser?

sábado, 5 de dezembro de 2009

All of a sudden, I miss everyone.

Meus conterrâneos fernandoprestenses já devem estar cansados de ouvir gente lendo textos, ver frases, músicas, etc. que falam dessa nossa triste e inevitável despedida que algum gramático insensível e que com certeza não estudou na ETec Fernando Prestes apelidou de "formação acadêmica". Mas nem ligo se o texto é repetitivo, pois três anos de amizades, de aprendizado, de alegrias, tristezas ou, para ser mais diretos, os três anos que mais me marcaram na minha vida merecem um humilde texto como esse onde eu possa expressar o quanto tudo isso foi importante pra mim e o quanto eu vou sentir falta dessas manhãs mágicas.
Eis que chega 08 de fevereiro de 2007. Uau, que crescido que estou, já entrei no ensino médio e, puta merda, passei no meu primeiro processo seletivo, como sou inteligente! Mau saberia eu que em uma semana, toda esse sentimento de grandeza cairia por terra. Descobri que durante todo esse tempo eu era simplismente um peixe grande em um lago pequeno mas, por paradoxal que seja, isso me deixou muito feliz. Toda aquela gente doida, aqueles professores doidos, esse estranho lema "liberdade com responsabilidade" tão contrastante com o regime quase militar que me impunham no Ensino Fundamental... tudo isso me fez chegar à conclusão que tinha valido a pena aquele domingo de verão perdido.
A patir daí o tempo não passou, ele correu, voou, escorreu por entre os dedos, e 2007 acabou com uma velocidade estonteante. Bem, não dá pra voltar o tempo né? Que venha 2008.
Ano novo, gente nova para zoar, não sou mais um calouro, sou um veterano! Que maravilha. Alguns podem dizer que 2008 foi sem sal, que o primeiro ano deu de dez a zero no segundo, mas eu digo: caímos na rotina, nada mais era novo, acabou o encanto da primeira vez, 2008 foi o ano em que deixamos de lado o ufanismo para encarar os defeitos de nossa amada escola.
Mais uma vez, o ano escorreu entre os dedos e, se me pedissem para adjetivar o ano seguinte eu diria que ele foi intenso. De repente, não mais que de repente eu estava no último ano, somos vestibulandos, estava quase atingindo a maioridade, precisava correr atrás do tempo perdido e, ao mesmo tempo, aproveitar meus preciosos minutos como nunca. Mas isso não significa que no meio dessa tensão não houve espaço para diversão. Muito pelo contrário, vendo o fim chegando cada vez mais perto, aproveitei cada segundo como se fosse o último.
Tudo que é bom dura pouco, não seria diferente com relação à nossa amada escola. A tristeza por abandonar aqueles que mais amo, a ânsia em querer saber o que será daqui pra frente, a alegria em ter consciência que finalmente agora darei meus próprios passos e o medo de falhar se misturam dentro de mim. Não sei se estou feliz ou triste. O que sei é que se for pra lembrar de algo bom, lembrarei de cada segundo que passei junto com vocês.