sábado, 28 de novembro de 2009

Vontades

Tem gente que all of a sudden tem vontade de comer, ou de tomar banho ou de... sei lá, só sei que me deu vontade de escrever. É bom, porque assim eu dou um F5 no conteúdo desse blog que, convenhamos, está bem esculachado (nunca lembro se é com ch ou com x, o dicionário está fora do alcance das mãos e o google é chato).
Bem, hoje faz uma semana que eu fui atingido por essa curiosa moléstia chamada caxumba que está me enchendo o saco (já que eu não posso sair e nem fazer esforço e nem pegar vento de jeito nenhuma), apesar de ter me dado algo que há meses eu venho sonhando: tempo livre. Tempo livre esse que eu venho aproveitando para ler, estudar francês, fofocar no msn e até assistir televisão. Ainda vou ficar de molho mais uns dias, mas quando eu sair do "castigo" eu vou... SAIR DE CASA AAEAEAEA /rbd.
Pra não dizer que eu não saí em momento nenhum eu fui pro P.A. da Zona Oeste terça (acho) onde eu fiquei lá até não aguentar mais fazer sudoku nem ler minha querida Clarice e hoje eu fui ao mercado comprar [love]biscoito[/love]. Para minha decepção não tinha Trakinas meio-a-meio, mas e daí? Tinha passatempo que eu comi e escondi pro meu irmão não devorá-la em segundo -risos.
O tédio está começando a tomar conta do meu ser, logo desligarei essa arma de alienação em massa chamada msn e fazer algo que preste (comer rs).
California Über Alles! Até mais.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

domingo, 22 de novembro de 2009

sentir vs. Sentir

Estou com a cara inchada, zumbido na orelha (sem falar nas dores esparsas), não consigo mastigar, minha boca está constantemente seca, morrendo de vontade de sair (porém sem condições OBVIAMENTE) mas uma felicidade totalmente (in)explicável surgiu e eu resolvi recussitar este blog. Agora é hora de tirar umas férias, fazer as coisas que eu adoro fazer mas nunca tenho tempo e, para celebrar, nada melhor que escrever

(...)tão consciente estava deste estado de carência plena que, por paradoxal que pareça, sentia-se completo. (Caio F. Abreu)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A Arte de Escrever

Comecei hoje minha primeira (de muitas, Ó.B.V.I.O.) oficina cultural , que tem como tema a introdução em literatura africana de língua portuguesa. Comecei essa oficina por curiosidade mesmo (OMG, eu não acredito que eu estou falando isso, já é a terceira vez que eu repito essa ladainha só essa noite), porque pense: a África que nós conhecemos na escola (não digo nos noticiários porque quem me conhece sabe que eu sou um perfeito alienado das tendências e atualidades) não vai muito além do processo de divisão territorial africana no começo do século XX, antes da Primeira Guerra. Além disso, sabemos que de lá que nasceu o homem moderno, que é território onde nasceu a civilização egípcia e outras que eu não me lembro o nome; que há muitos conflitos causado pela imposição de etnias rivais num mesmo território ou pela presença de substâncias preciosas em determinadas regiões... nada muito além disso. Para nós pobres mortais alienados pela mídia, sim, mas mais por nós mesmos e nossa falta de força de vontade, a cultura africana é uma coisa muito exótica, muito tribal, com uma ligação à natureza muito forte à qual nos é difícil de imaginar.
Antes de eu ter a minha primeira aula eu pensava: como os autores de Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe adaptaram essa presença tão forte da sociedade tribal à uma coisa tão elitista, técnica e tão distante de sua realidade que é a produção de texto? Na minha cabeça, os autores dessas regiões pela própria pré-colonialista tinham muitas influências do Arcadismo (no sentido de adoração à natureza) e do Simbolismo (pelo culto à entidades e pelas religiões que lá nasceram). Mas com essa minha mínima introdução eu já percebi que não é nada disso.
Pense: produção literária não existe em sociedade tribal, logo ela não vai ser feita por pessoas que vivem em tribos, logo vai nascer em sociedades urbanas, logo a realidade é diferente daquela vivida pelas tribos, portanto o que eu pensei sobre a literatura africana caiu por terra.
Pelo que eu entendi dos autores angolanos (que serão estudados nessa e em mais três aulas, depois veremos os moçambicanos), eles se focam muito na luta pela independência de Angola, que só foi conquistada em 1975 e o primeiro presidente angolano é justamente um dos autores mais estudados nesse país: Agostinho Neto.
Essa aula me fez aprender muito mais do que uma simples amostra da literatura de Angola, me fez ver (mais uma vez, só que dessa vez com mais clareza) minhas necessidades, meus defeitos e, ao mesmo tempo minhas qualidades. Não digo que minhas aulas de literatura no ensino médio não me façam enxergar isso, muito pelo contrário, mas a diferença está em dois pontos:
1. Literatura estudada no ensino médio tem função epifânica sim. Mas a função do estudo da literatura na escola não tem como função fazer com que o aluno enxergue o mundo sob vários pontos de vista em várias épocas, e nem trazer o que o narrador ou o eu-lírico está transmitindo para sua vida (coisa que todo bom livro pode fazer). Ela serve pra te ajudar a enterpretar textos e passar no vestibular. Um curso opcional de literatura (ou de qualquer outras artes) não tem essa preocupação tão infame, que não faz com que uma pessoa enxerga o poder e a beleza da arte.
2. Por mais que eu adoro de paixão minha escola, os animais de tetas da minha sala, minha professora de língua portuguesa e literatura e toda minha vida escolar em geral, ver uma matéria sob outro ponto de vista, em outra situação, com outros interesses e cercado por outras pessoas causa outros resultados em mim mesmo.
Enfim, acho que só tenho a ganhar com essa oficina, por mais que aos olhos de outros, ela pareça inútil
PS.: Jéssica pare de reclamar de ter escolhido fazer esse curso, porque ele é mágico
PS#2.: Lizzie... estava com vontade de te incluir na postagem, e aqui estou
PS#3: Laés, mil disculpas de não ter te avisado antes sobre essa oficina. Semestre que vem a gente faz uma oficina de literatura dos brother!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Spleen

Este sapato está me apertando o pé... cara, como isso encomoda! Eu não estou conseguindo nem trabalhar direito com esse sapato me esfolando o dedão do pé, o que pra mim é grave, porque eu que sempre quis ter o trabalho que tenho não consigo relizá-lo. A dor causada pelo sapato se sobrepõe tanto ao prazer de trabalhar quanto à facilidade do tal trabalho, afinal serviço de escritório é sempre rotineiro, chega uma hora em que eu nem preciso mais pensar pra realizar esse serviço. Qual é meu serviço mesmo? O tédio está consumindo minha alma, está me fazendo ter lapsos de memórias seríssimos. Mas desde quando tédio influencia na saúde? Bem... o tédio acarreta stress... stress afeta a memória. Verdade.
Mas o sapato continua apertando meu pé. Quer saber... pensando bem eu nem gosto tanto assim de trabalhar. Carimbar, assinar, distribuir... meu Deus, quanta mediocridade e só agora, depois de mais de vinte anos fazendo isso, por causa de um mísero sapato de couro vegetal barato é que eu enxergo o quanto eu perdi nesses anos todos. Agora eu vejo que eu não gosto do meu trabalho, eu sou obrigado á gostar dele, desde antes de eu atingir a maturidade mental, antes do temido vestibular eu era orbigado a ouvir aquelas milhões de vozes retundantes que sempre pregavam o discrurso de que você-deve-trabalhar-com-aquilo-que-gosta-de-fazer-e-ganhar-muito-dinheiro-com-isso (apesar das últimas 5 palavras estarem implícitas nesse discurso). O que eu ganhei com isso? Um serviço enjoado, um casamento enjoado, refeições enjoadas, uma casa enjoada com dois filhos ainda mais enjoados. Bem, pelo menos eu consegui um bom capital com isso. E se tédio rendesse dinheiro, eu estaria ainda mais rico!
Onde que eu comecei mesmo? ah, sim, o sapato apertado...