quarta-feira, 27 de julho de 2011

A primeira vez foi uma brisa, uma sensação de leveza que com discreta maestria veio, se fez presente e foi embora. Quieta. Suave. Na segunda, a sua presença já pareceu mais concreta, mais marcante, e assim passou-se os dias, os meses. Agora que a brincadeira cansou, que já está começando a fazer mal, sua ausência de tempos em tempos grita, como uma sirene, como um alarme, como uma criança faminta longe da mãe. E o que era apenas uma inocente felicidade virou uma necessidade corrosiva, um doce com final azedo. Saboroso, porém indigesto.