quarta-feira, 17 de junho de 2009

A expressão máxima da emoção em melodia

Screamo (também conhecido como powerviolence, chaotic emo, skram, etc, etc, etc...) é um gênero música derivado do hardcore que, como muitos outros, teve seu significado extremamente deturpado.
Com influência do post-hardcore de Washington (Fugazi, Nation of Ulysses), straight-edge e até mesmo bandas de post-punk como Joy Division e Bauhaus caracteriza-se por constantes gritos e guitarras ora caóticas, ora melódicas, porém, há bandas como I Would Set Myself on Fire for You que incluem outros insrumentos como o violoncelo. O subênero nasceu no Ché Café, em San Diego, se espalhou pelo mundo e hoje possui cenas na costa leste americana (Off Minor, Hot Cross), na Itália (La Quiete, The Death of Anna Karina), na França (Amanda Woodward, Daïtro, Sed Non Satiata) no Japão (Envy) e até mesmo no Brasil (Liberdade Após a Raiva, A Culpa é Cinza). A popularidade é mínima, mas a quantidade de bandas que se encaixam nesse gênero musical é imenso. além dos já citados, Saetia, Orchid, Song of Zarathustra, Toru Okada, Takaru, Mesa Verde, 3 Segundos Antes da Queda, My Own Private Alaska, Die Emperor, Die!, Tristan Tzara, Belle Époque, Oh, Appollo!, The Blood Brothers, I Hate Myself, etc... fazem parte desse fascinante universo de amor, ódio, e expressão máxima de idéias e sentimentos.
Resolvi fazer uma postagem sobre o mesmo pois, além de ser um tipo de música quee eu ouço há quase três anos, hoje encaro-o com muito mais seriedade, pois, através de gritos apaixonados (quando digo apaixonados, não me refiro necessariamente à amor) e experimentalismo fascinante com as guitarras (fascínio esse que até um total leigo como eu pude notar), o screamo consegue encaixar suas letras em n assuntos diferentes, desde a narração de um amor acabado em "Vennus and Baccus" do Saetia, até discursos engajados como "Urban Baribe" do I Hate Myself, ou mesmo receber influências de artistas e filósofos como Anna Karina, Tristan Tzara e Friederich Nietzsche.