quarta-feira, 24 de junho de 2009

Você é o que você come

Cronograma alimentar meu de 24-06-2009:
6:00h - pão com margarina e leite com algum chocolate barato, como de praxe
11:30h - arroz e quibe vegetariano de forno (excepcionalmente sem salada nem refogados)
14:00h - paçoca
15:30h - barra de cereais sabor chocolate
17:30h - esfirra de queijo e empada de palmito e suco de abacaxi (FINALMENTE NÃO ENGOLI SECO!)
19:30h - laranjas e maçãs
22:00h - granola com leite e uma pitada de açúcar.

Magro, com acúmulo de gordura abdominal, sintomas de anemia, músculos magérrimos, vegetariano, hipocondríaco, amante de doces. Não parece ser a descrição de um adolescente saudável, mas essa é a minha realidade. E se eu sou o que eu como, então cuidado, porque eu sou uma bomba!
Desde os 15 anos eu sou vegetariano. Tudo bem que eu adotei uma filosofia de vida pra mim e apliquei ela na minha alimentação e, consequentemente, isso mudou (e ainda muda) a minha vida para sempre. Mas existe um animal grotesco, repgnante e traiçoeiro que é apelidado de passado e esse tal passado impede muitas pessoas de mudar de vida, e abandonar seus velhos vícios. E a razão pela qual nasceu essa postagem é essa minha... ahn, como poderei dizer? Incapacidade? não... muito forte. Dificuldade, talvez? Soa meio dramático... Falta de jogo de cintura em relação às mudanças de hábitos.
Mães sempre se preocupam com a alimentação dos filhos. Quando não é de menos é demais, mas eu sei que no meu caso, a forma como me alimento é, assim, um pouco não recomendável, rs. Abandonar minhas paixões gordurosas é muito penoso pra mim, e creio que isso não surtirá tanto efeito assim. Me resta a opção de acrescentar novos ingredientes à minha "receita de vida". Mas acontece o seguinte: eu saio 6:30h da manhã, chego no MÍNIMO DO MÍNIMO às 17:45, daí eu já tenho que pensar em lição, trabalho, prova, vestibular, lavar a louça, arrumar o quarto, computador (maldição que vicia mais que qualquer droga ilícita). Não sobra tempo para pensar em comida. Daí chega quase 22:00h, minha mãe berra: RAFAEL, O QUE VOCÊ VAI LEVAR DE ALMOÇO AMANHÃ? E aí eu penso: PQP, sei lá eu, tenho coisas mais importantes pra pensar. Então eu faço (a maioria das vezes eu peço pra fazer hihi) um prato que eu já comi 400 vezes, que não vai me sustentar, e chega o fim-de-semana onde eu tenho tempo de pensar entre o curso de inglês e o rolê eu reclamo que minha alimentação é muito repetitiva.
"O que caracteriza melhor o ser humano, o medo ou a preguiça?" O que eu tenho é medo de gastar dinheiro e tempo à toa em novas receitas, novos ingredientes, nova alimentação? Ou preguiça de começar todo esse processo, tendo em vista meu universo íntimo caótico? De uma coisa eu sei: Voltar a comer carne, jamais! Nenhum animal tem culpa se eu não tenho nem a capacidade de administrar minhas refeições. Promessas de mudanças eu já fiz muitas, e essa postagem é o último ato desesperado (meldels, quanto byronismo por causa de comida!) de alguém que não está em paz consigo mesmo.