quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Bons hábitos

Hoje de manhã (quando eu digo DE MANHÃ eu quis dizer entre 0h e 2h) eu fiz uma coisa que, aparentemente é banal para muitos, mas para mim foi uma verdadeira mudança de hábitos: assisti um filme baixado no computador.
OK, ano retrasado essa prática anticonsumista dos apreciadores de cinema preenchia meus fins-de-semana vazios, minhas noites blueberry (não entendeu, joga Wong Kar-Wai no google). Mas desde que eu eu comecei a trabalhar (o que me deixava cansado demais para ficar duas horas sentado numa cadeira de escritório com um fone enfiado no ouvido vendo filme) e principalmente, depois de recentemente ter descoberto que rebolar na boate gay é muito mais divertido, ver filme pelo computador se tornou um hábito muuuito menos frequente que antes. Some isso às constantes crises de ansiedade que nunca me deixam ficar parado e compare o antes com o depois.
O importante é que eu dei um tapa na bunda da ansiedade e falei: vou assistir um filme. Vi "Onde Andará Dulce Veiga?" de Guilherme de Almeida Prado. Apesar de ter atores famosos como Matiê Proença, Carolina Dieckman e Eriberto Leão, é um filme independente cujo roteiro foi baseado num romance de Caio Fernando Abreu e conta a história de um colunista chamado Caio (Eriberto Leão) que é contratado para fazer uma matéria sobre uma banda feminista liderada por Márcia f. (Carolina Dieckman) cuja mãe, Dulce Veiga (Maitê Proença) desaparera misteriosamente há quase vinte anos. A partir daí, Caio escreve uma crônica entitulada "Onde Andará Dulce Veiga" e é contratado pelo dono do seu jornal, Rafic (Nuno Leal Maia) para descobrir o paradeiro da cantora.
O filme usa algumas técnicas de vanguardas artísticas como o Surrealismo, o Expressionismo e o Pop Art, além de ter um enredo maravilhoso e um cunho filosófico fascinante.
Enfim, abstraia tudo o que eu disse e assista o filme, pois você não vai se arrepender.