terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Cinco profissões que eu nunca exerceria

Quem me conhece há um tempinho, sabe que pra carreiras eu sou totalmente instável. Quando eu era criança a minha mãe JURA que eu queria ser bombeiro (geeente, que coisa mais hétero-clichê, né? Pois é). Mas desde que eu me entendo por gente eu queria ser ator. Enchia o saco dos meus pais para eles me pagarem um curso de teatro e, nessa época eu tinha uns 6-9 anos, não achava nenhuma singela oficina de teatro que aceitasse tamanho brotinho. O tempo passou e eu simplismente a-ban-do-nei o desejo de seguir carreira nas artes cênicas (depois que adolescente eu nem procurei entrar para um grupo de teatro, coisa que me espanta hoje em dia) e resolvi ser jornalista. Depois psicólogo. Depois advogado. Até que finalmente eu fiz a decisão da minha vida (espero): Vou ser professor de gramática/literatura/redação/francês.
É, esse ano vou fazer um cursinho e prestar letras na USP, Unesp, Unifesp, UFPR e, caso saia o curso de Letras e Línguas Estrangeiras esse ano, Unila. Mas nunca se sabe quando eu posso mudar de opinião. A lista que vou apresentar agora não tem garantia de ser permanente, mesmo porque até poucos meses atrás eu rejeitava totalmente a possibilidade de ser professor. Mas lá vai:

-Açougueiro

Geeente, que uó né. Imagine eu, linda, loira, japonesa e vegetariana moendo carne oito horas da manhã, com um avental branco manchado de sangue e usando instrumentos de trabalho que são cortantes na maioria dos casos. Não rola, né? Açougueiro e vegetariano são palavras que dificilmente caberiam no mesmo período, portanto, jamais seria açougueiro.

-Engenheiro

Um belo dia Fernando Pessoa disse que "O binômio de Newton é tão belo quanto a Vênus de Milo. O que há é pouca gente para dar por isso". Pois é, eu sou uma dessas muitas pessoas que não vê beleza no binômio de Newton. Muito pelo contrário, esse palavrão pra mim é sinônimo de estresse, incompreensão e frustração. Agora, se eu não consigo encarar nem uma conta de matemática de ensino médio, imagine o quanto eu não sofreria numa faculdade de engenharia ou, caso por um milagre eu sobrevivesse à faculdade, numa construtora.

-Químico

Química inorgânica é o cão chupando manga. Química orgânica é o próprio satanás. Experiências envolvendo reações químicas podem ser excitantes para alguns, mas eu acho um saco. Expostas essas opiniões, tire suas próprias conclusões.

-Artista plástico

Embora eu ache as artes plásticas suuuper dignas, embora eu ame Kandinsky, Tarsila, Magritte, Marcel Duchamp e afins (apesar de nem sempre entendê-los RS), embora eu quisesse muito ter aptidão (e paciência) para pintar e conseguir ganhar dinheiro com isso (seja montando exposições, seja trabalhando na parte gráfica de uma empresa de publicidade), eu não tenho esse dom maravilhoso, portanto o máximo que eu posso fazer em relação às artes plásticas é montar uma galeria quando eu estiver linda, loira, japonesa e idosa dando aula de literatura portuguesa em alguma faculdade, com um puta dum mestrado e ganhando rios de dinheiro.

-Padre

Era de se esperar né.
1- Padre não pode ser gay
2- Padre não pode ouvir Smashing Pumpinks, Sex Pistols e outras rebeldias
3- Padre não pode ir pra buatchy
4- Padre não lê Vogue, Dazed & Confused, etc.
5- Padre tem que fazer voto de pobreza
6- Padre tem que vestir roupas uó
7- Padre não pode ter filhos

tudo na teoria, claaaaaro. Mas não casa com meu perfil né não?